domingo, 5 de abril de 2009

15 anos da morte de Kurt Cobain





Hoje, faz quinze anos que Kurt Cobain se suicidou. Indubitavelmente, ele foi não apenas o líder do Nirvana, mas o líder de toda uma revolução musical e cultural, mesmo que sem sua total intenção, afinal ele é o músico mais niilista que já passou pelo mainstream. Não li muita coisa a respeito da vida de Kurt e da trajetória do Nirvana, mas acredito que não havia uma intenção, uma busca pelo sucesso que eles alcançaram. É óbvio que eles buscavam algum reconhecimento, grana, sucesso etc. Mas, acho que eles não queriam exatamente as glórias de estar no topo das paradas, e acabaram sucumbindo às agruras de lá estar.

Bom, mas falando de forma subjetiva, sobre a minha própria experiência de estar no olho do furacão dos anos 90, o que lembro de 15 anos atrás, é que eu estava na rua, fazendo não me lembro exatamente o que, com certeza vadiando, quando um amigo chegou com a notícia. Foi estranho, pois na verdade eu mesmo não era um fã. Gostava do Nirvana, como de muitas outras bandas, já era muito floydiano pra mergulhar na zoeira sonora deles. Porém o que me lembro foi da sensação de viver ainda em uma época em que os heróis da juventude morriam cedo: de overdose, por suicídio etc. Todos mortos por algo bem maior que eles, do qual eles não tinham controle, mas que de certa forma estava dentro deles mesmos.
Como eu era apenas um pré-adolescente, fui perceber o significado daquele momento apenas muito tempo depois. Assim como Kurt Cobain acabou com o rock cheio de frescuras, também sepultou naquele dia o tal do grunge que havia inventado. Muitas bandas surgiram influenciadas pelo Nirvana e duraram anos após o fim da banda de Seattle, mas eu particularmente acredito que o grunge acabou naquele dia 5 de abril de 1994.

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