quarta-feira, 14 de julho de 2010

Clássicos versus Contemporâneos

Há algum tempo que me dedico à leitura dos clássicos. Com a visão de que eles são referência a autores de diferentes épocas, criei o receio de deixar escapar essas referências, essas intertextualidades em minhas leituras, seja de clássicos mesmo, seja de contemporâneos. Outro motivo também é a impressão de escassez de coisas boas na produção atual, e o risco que se tem de perder tempo com leituras... digamos, supérfluas. Porém, a leitura de um clássico, o Discurso do Método, de Descartes, me chamou a atenção sobre isso. Segue o trecho:

“[...] quando somos demasiado curiosos do que se praticava nos séculos passados, ficamos ordinariamente muito ignorantes das coisas que se praticam no presente.”

Eu que me apoiei na segurança dos clássicos, me sobressaltei diante do risco que estou novamente correndo sem saber.

Nenhum comentário: